Elon Musk inclui Microsoft em processo contra OpenAI por “monopolizar” mercado de IA
Elon Musk ampliou seu processo judicial contra a OpenAI, incluindo agora acusações antitruste contra a Microsoft. Musk alega que ambas as empresas estão tentando “monopolizar o mercado de IA generativa”.
A acusação revisada, apresentada na última quinta-feira (14), adiciona a Microsoft como ré, além de Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, e Dee Templeton, vice-presidente da Microsoft e ex-membro do conselho da OpenAI.
Por que Musk incluiu a Microsoft no processo contra a OpenAI?
Desde 2019, a Microsoft investiu US$ 14 bilhões na OpenAI, adquirindo direitos exclusivos para licenciar comercialmente a tecnologia da startup de IA e uma participação de 49% em sua subsidiária lucrativa. Os advogados de Musk afirmam que Sam Altman, ex-CEO da OpenAI, “se envolveu em auto-negociação desenfreada” para efetivar uma fusão entre as duas empresas, promovendo práticas anticompetitivas.
O processo alega que a OpenAI e a Microsoft estão “ativamente tentando eliminar concorrentes” ao trocar “informações sensíveis competitivamente” e ao influenciar seus investidores a não financiarem empresas rivais, como a xAI, empresa de IA de Musk.
Ambas as empresas estão em busca de financiamento no crescente mercado de IA, com a OpenAI arrecadando US$ 6,6 bilhões em outubro para desenvolver modelos de IA mais avançados. A xAI, por sua vez, levantou US$ 6 bilhões em março para acelerar o desenvolvimento de “tecnologias futuras”.
A xAI também foi adicionada à queixa como nova autora, juntamente com Shivon Zilis, ex-membro do conselho da OpenAI, executiva da Neuralink (empresa de Musk) e mãe de três dos seus 12 filhos.
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Musk cofundou a OpenAI em 2015 com Altman e Greg Brockman, que também são réus na queixa, antes de deixar a empresa em 2018. Um processo anterior, iniciado por Musk em março (e retirado sem explicação em junho), acusava a OpenAI de abandonar seu acordo fundador de desenvolver IA para beneficiar a humanidade, alegando que a parceria com a Microsoft transformou a OpenAI em uma “subsidiária de fato de código fechado” focada em maximizar lucros.
Musk reabriu o processo contra a OpenAI em agosto com acusações semelhantes. A OpenAI tentou repetidamente rejeitar a queixa, descrevendo-a como uma “manobra de relações públicas” e uma “campanha cada vez mais estrondosa para assediar a OpenAI para sua própria vantagem competitiva”.
Desde que apresentou as queixas, Musk foi prometido um papel consultivo na administração do presidente eleito Donald Trump, o que poderia conceder ao fundador da xAI maiores poderes para influenciar a política em torno da IA.
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