Centenas de membros da Bethesda fazem greve contra a Microsoft
Poucos meses após formarem o segundo maior sindicato do mercado de games, testadores da Bethesda/ZeniMax realizaram na última quarta-feira (13) uma paralização contra a Microsoft. A intenção da greve é protestar contra as ações da companhia, que não teria respondido a uma série de pedidos e críticas dos trabalhadores.
Os membros da desenvolvedora, que trabalham em suas divisões em Maryland e no Texas, afirmam que a corporação não está respondendo a seus pedidos por um sistema de trabalho remoto. Atualmente, a companhia exige que funcionários compareçam presencialmente em suas instalações por dois dias a cada semana.
Foto: Divulgação/Bethesda
Os testadores da Bethesda também afirmam que a Microsoft não lhes forneceu uma posição segura no que diz respeito às suas práticas de terceirização. Eles temem que a companhia continue aumentando sua dependência de empresas externas para a realização de testes, o que colocaria em risco suas estabilidades profissionais.
Sindicato da Bethesda quer levar Microsoft para a mesa de negociações
A paralização de somente um dia não tem como objetivo prejudicar a Microsoft, mas sim pressioná-la para entrar na mesa de negociações. Quando o sindicato foi organizado, a companhia afirmou que não faria nada para impedir sua criação ou para que trabalhadores se organizassem coletivamente.
Foto: Divulgação/Bethesda
Ao mesmo tempo, isso não significa necessariamente que a corporação está disposta a negociar com os representantes de funcionários ou concordar em trabalhar com acordos coletivos. Segundo as leis dos Estados Unidos, a mera criação de um sindicato não significa que seus membros já conquistaram novos direitos ou proteções.
As reivindicações dos trabalhadores da Bethesda surgem em um ano no qual a Microsoft já cortou mais de 2,5 mil vagas em seu setor de games. Ao mesmo tempo, a companhia afirma que seu negócio de Xbox “nunca foi mais saudável” e tem registrado um grande crescimento de receitas ligado ao fim do processo de aquisição da Activision Blizzard.
Fonte: VGC