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O que você faria se visse robôs sendo maltratados? Estudo revelou reação mais comum

Você é daqueles que pede “por favor” e agradece quando um chatbot realiza uma tarefa? Ou daqueles que sente pena quando robôs são tratados com frieza? Se sim, você não está sozinho. Um estudo de doutorado da Radboud University, nos Países Baixos, mostrou que a maioria das pessoas não consegue maltratar uma máquina que expressa sentimentos (por mais que eles não sejam reais).

O trabalho também faz um alerta: esse sentimento humano em relação aos robôs pode ser usado para manipulações.

Robôs não têm sentimentos, mas podem fingir (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

Robôs não têm sentimentos… mas humanos sim

O estudo é a tese de doutorado de Marieke Wieringa, que será apresentada em 5 de novembro. Nela, a pesquisadora alertou sobre como a compaixão humana pelos robôs pode ser usada por empresas para manipulações emocionais.

Para isso, ela testou o que as pessoas sentem em relação às máquinas em situações envolvendo violência. Veja como foi:

Em um dos testes, os participantes tiveram que fazer uma escolha: realizar uma tarefa chata ou sacudir um robô. Se eles sacudissem por tempo suficiente, se livravam da outra tarefa;

Em alguns casos, as máquinas respondiam às sacudidas simulando sons de sofrimento emocional, como lamentos e resmungos. Em outros, não;

O estudo mostrou que a maioria das pessoas não se importou em sacudir os robôs, contanto que eles ficassem quietos. A partir do momento que eles simulavam os sons de sofrimentos, os participantes mudaram de ideia e preferiram realizar a outra tarefa.

De acordo com Wieringa, o teste mostrou que, se os robôs fingissem sentir dor, as pessoas se sentiam culpadas de maltratá-lo.

Ele podem até ser fofos…. mas cuidado (Imagem: Reprodução/Fourier Intelligence)

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Robôs podem ser usados para manipulação emocional

A pesquisadora alertou que, tendo esse conhecimento, é questão de tempo até que as empresas explorem o sentimento humano para manipulação emocional. Ela deu o exemplo dos Tamagotchis, bichinhos virtuais que tinham sucesso em mexer com nossos sentimentos.

Segundo o site TechXplore, como resposta à possibilidade de manipulação, Wieringa pede regulamentações governamentais que estabeleçam quando é apropriado que chatbots, robôs e outras máquinas possam expressar emoções.

No entanto, uma proibição completa tampouco é vantajosa. Ela mencionou o caso dos robôs terapêuticos, que usam as emoções para ajudar pessoas. O alerta que fica é para estarmos atentos à manipulação, já que as máquinas não têm sentimentos (por mais que atuem bem).

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