DestaqueEconomiaNewsPrincipais notícias

8 videogames que prometeram tudo e não entregaram nada

Hoje temos Sony, Nintendo e Microsoft reinando absolutas no mundo dos videogames, trazendo consoles que prometem e entregam aquilo que o público mais deseja de seus jogos e recursos. No entanto, este mercado já foi bem mais disputado e teve vários concorrentes.

Entre os anos 1990 e 2000, diversas fabricantes tentaram emplacar os seus dispositivos com os fãs, trazendo ideias grandiosas demais e que nem sempre obtinha o resultado esperado. Alguns deles, inclusive, prometeram demais e não entregaram absolutamente nada — se tornando uma grande piada entre os consumidores.

E é isto que o Canaltech resgata nesta lista, com os consoles e videogames que prometeram o mundo, mas no fim não cumpriram nem com uma parte das expectativas. Alguns, inclusive, até foram responsáveis por afundar a ideia de determinadas companhias trabalharem com os jogos eletrônicos em definitivo.


Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.

8 videogames que fracassaram

Confira abaixo 8 videogames que prometeram demais e não entregaram aquilo que tanto se esperava deles.

8. Apple Pippin

A Apple sempre foi conhecida pela qualidade de seus produtos, como os computadores Mac e MacBooks, os celulares iPhone e fones AirPords. Porém, há um período conturbado em que a companhia decidiu se meter com os videogames e decidiu fechar uma parceria com a Bandai para lançar o videogame Pippin em 1996.

Porém, uma série de erros obrigaram eles a interromper a sua produção e fingir que nada aconteceu. Um dos principais erros foi tentar popularizar experiências de jogos online nos anos 1990, quando poucos tinham acesso à internet. Sua biblioteca de jogos também deixou muito a desejar, com títulos mais voltados para o lado educacional do que experiências, de fato, divertidas.

Por fim, deve ser comentado que houve uma grande falha no Apple Pippin que era depender por completo de sua CPU. O videogame não tinha gráficos dedicados ou processador de áudio próprio, ou seja, os títulos não podiam sequer explorar tanto os recursos visuais e efeitos sonoros quanto a concorrência (que já estava viva através do PlayStation e Nintendo 64). 

Imagem do Apple Pippin
O Apple Pippin não teve o mesmo sucesso que os irmãos iPhone, Mac e outros (Imagem: Reprodução/Apple)

7. Zeenix

Na recente ascensão dos consoles portáteis, a TecToy anunciou na gamescom latam em 2024 o seu próprio videogame do gênero: o Zeenix. Quem esteve no evento lembra o glamour do estande, com vários deles disponíveis para testar e várias promessas.

Porém, após o evento muito se questionou sobre como isso seria cumprido no nosso mercado. Passaram-se meses sem qualquer data de lançamento, preço de venda ou informações claras sobre a sua origem: vide a confusão que existiu entre as declarações de que ele seria um produto 100% brasileiro e a descoberta de que era um “white label” chinês (um produto importado que eles apenas iriam inserir sua marca).

Apenas a versão Zeenix Lite foi lançada e de forma bem tímida, já que muitos reclamaram do preço praticado para um console portátil que sequer se aproximava do que vemos no mercado — como é o caso do Steam Deck, ASUS ROG Ally, Lenovo Legion Go e outros. A versão “Pro” continua sem qualquer data ou preço, com um silêncio ensurdecedor sobre a continuidade dele no mercado. 

Imagem do Zeenix
O Zeenix é a mais recente promessa que não se cumpriu (Imagem: Divulgação/TecToy)

Veja também: Quais jogos o Zeenix, console portátil da TecToy, conseguirá rodar?

6. Virtual Boy

A Nintendo sempre buscou inovar no mercado de videogames, então em 1995 ela inventou que desejava cumprir a promessa do sonho da realidade virtual para esta indústria. A ideia do Virtual Boy era bem interessante, mas esta tecnologia ainda estava a anos-luz de distância de funcionar como desejavam.

Os gráficos seguiam um design com tons de preto e vermelho, que causava tontura e dores de cabeça nos usuários. Estes problemas, somado ao preço elevado, manteve o público e investidores distantes da proposta. Vendo a tragédia que estava em suas mãos, decidiram voltar a focar no lançamento do Nintendo 64 — que chegaria no ano seguinte.

Imagem do Virtual Boy
O Virtual Boy tentou emplacar a realidade virtual nos anos 90 (Imagem: Divulgação/Nintendo)

5. Wii U

Lançado em 2013 e logo após o sucesso do Wii, a Nintendo tinha em suas mãos a faca e o queijo para ter outro console que abalasse as estruturas do mercado. Porém, o Wii U nada mais foi do que um grande fracasso comercial e um console que gerou diversas críticas na indústria e entre os gamers.

Sua proposta causava certa confusão entre o público (você tinha um videogame e o controle como tablet, porém o segundo não funcionava de forma independente), faltou apoio das produtoras third-party e pouco se falava sobre seus títulos — mesmo que suas versões remasterizadas tenham feito um estrondoso barulho na geração Switch, como Mario Kart 8, Donkey Kong Country: Tropical Freeze, Captain Toad e outros.

Na verdade, o Wii U é um “Switch conceitual” e se tivessem esperado um tempo maior e refletido sobre as ideias com mais cuidado, teriam o console híbrido que é um dos 3 mais vendidos de todos os videogames há mais tempo e em tempo hábil de competir com a geração PS4 e Xbox One antes da chegada de seus sucessores. 

Imagem do Nintendo Wii U
O Wii U é basicamente um “protótipo” do Nintendo Switch (Imagem: Reprodução/Nintendo)

4. Commodore 64 Game System

A Commodore International, conhecida pelos seus computadores entre os anos 1980 e 1990, resolveu lançar seu próprio videogame com o Commodore 64 Game System no ano de 1990. No entanto, ele nada mais era do que um Commodore 64 Home Computer (lançado em 1982) no formato de um console. 

Isso até poderia ter dado certo, se não tivesse chegado ao mercado um ano antes do Mega Drive e um mês depois do Super Nintendo — dois videogames dos mais queridos e amados por todos que viveram (com intensidade, diga-se de passagem) aquela época. Ou seja, eles não tinham a menor chance de competir, principalmente com um hardware defasado. 

Apenas a desenvolvedora Ocean apoiou o Commodore 64 Game System, além de contar com diversas falhas. Muitos games foram lançados para o computador em 1982, mas eram injogáveis pela ausência do suporte a mouse e teclado no videogame. Por mais curioso que pareça, mesmo com essa limitação, eles lançaram o exclusivo Terminator 2 que exigia o uso de teclado — o que deixou muitos jogadores confusos e frustrados. 

Imagem do Commodore 64 Game System
Perto do SNES e do Mega Drive, o Commodore 64 Game System nem fez barulho (Imagem: Reprodução/Commodore International)

3. Philips CD-I

A Philips lançou o CD-I no auge dos jogos nos anos 1990, mas cometeu um pequeno deslize que provocou sua queda instantânea: o preço de venda de US$ 799 (com a inflação, hoje chegaria a US$ 1.800). Além de ser extremamente caro, seu apelo com o público era mínimo (afinal de contas, no mercado com SNES, Mega Drive e prestes a ver o primeiro PlayStation, quem ligaria?). 

Seu ápice foi nas tentativas de trazer jogos ligados à franquia Mario e The Legend of Zelda. Enquanto a Nintendo trazia excelentes e elogiados títulos para estas marcas, a Philips ficou conhecida por trazer as piores experiências possíveis destes personagens. O contraste foi grande demais e afundou ainda mais a reputação da marca dentro da indústria gaming. 

Imagem do Philips CD-I
O CD-I era extremamente caro e seus jogos se tornaram piadas entre os gamers (Imagem: Reprodução/Philips)

2. Zeebo

Baseado em um dito popular, o Zeebo caminhou para que o Zeenix pudesse capotar. Ele foi produzido pela TecToy e pela Qualcomm, se apresentando como o primeiro console de mesa que não utilizava qualquer tipo de mídia física. Para comprar e baixar seus jogos, os usuários teriam de acessar a rede ZeeboNet 3G (através de um chip interno do videogame). 

Porém, se vimos um modelo de negócios similar ao que temos do PS5 Digital e do Xbox Series S, isso em 2009 não era muito bem-visto entre o público. Chegaram “cedo demais” e isso acabou impactando sua relação com o público e com desenvolvedores. Em dois anos, o catálogo possuía apenas 28 jogos disponíveis e algumas produtoras começaram a remover suas experiências da plataforma.

A rede ZeeboNet 3G foi desligada em 30 de setembro de 2011, que marcou o fim das iniciativas dentro do território dos videogames domésticos da TecToy e da Qualcomm. Um fim triste para um serviço que poucos anos depois foi normalizado entre o público (vale lembrar que a Microsoft foi a primeira a trazer um Xbox One sem leitor de disco). 

Imagem do Zeebo
O Zeebo estava muito à frente de seu tempo (Imagem: Reprodução/TecToy)

1. Nokia N-Gage

O Nokia N-Gage prometia trazer o verdadeiro híbrido entre videogame e celulares em 2003. O design chamava a atenção, o anúncio era repleto de grandes jogos como Tony Hawk’s Pro Skater, Splinter Cell, The Sims Bustin’ Out, FIFA, Call of Duty, Tomb Raider e vários outros de renome. 

Ele tinha componentes mais poderosos que o Game Boy Advance e sua premissa era trazer os gráficos 3D para os consoles portáteis. Ainda que tenha cumprido o que propuseram, outros problemas fizeram com que a plataforma não engajasse com o seu público. Ele chegou muito perto, mas “morreu na praia”. 

O Nokia N-Gage não funcionava bem como videogame, assim como na forma de um celular. Os botões tinham um mapeamento diferente do que era conhecido dos demais videogames, assim como decisões como ter de remover a bateria para trocar de jogo causou frustração para os jogadores.

Ele tentou voar alto em uma época em que não recebeu o devido reconhecimento, basta ver hoje que temos portáteis como o Steam Deck, ASUS ROG Ally, MSI Claw e diversos outros que fazem o mesmo (apesar de serem como PCs, não smartphones). 

Imagem do Nokia N-Gage
O N-Gage não funcionava bem como videogame ou celular (Imagem: Reprodução/Nokia)

Videogames que não entregaram nada

Há vários outros videogames que prometeram tudo e não entregaram nada aos fãs, enquanto vimos muitos deles aqui no Brasil e outros que sequer tivemos a sorte (ou azar) de ver nas lojas. 

No entanto, os 8 principais que temos em nossa lista são:

  1. Nokia N-Gage
  2. Zeebo
  3. Philips CD-I
  4. Commodore 64 Game System
  5. Wii U
  6. Virtual Boy
  7. Zeenix
  8. Apple Pippin

Leia também no Canaltech:

Vídeo: falando sobre videogames que deram errado, o Canaltech debate no YouTube sobre o Google Stadia e o que levou a tentativa da companhia de entrar no universo dos jogos um grande fracasso:

 

Leia a matéria no Canaltech.

Facebook Comments Box